Passei anos da minha infância e adolescência ouvindo histórias dos mais velhos do tipo: Na minha época presenciei fatos históricos. Morte de presidente, tragédias naturais, ações terroristas e jogos excelentes, de futebol. Sim, eu sempre prestei muita atenção nestas histórias de pais, avós e tios. Além de outros tantos, mais experientes por aí a fora.
Sempre me intrigou a sensação de que, só eles, os mais velhos, presenciaram momentos históricos. Mas aos 26 anos, paro e reflito: Presenciei alguns momentos muito marcantes para o meu país e para o mundo. A morte do maior herói brasileiro de todos os tempos, Ayrton Senna em um primeiro de maio de 1994, ano que também assisti à seleção Canarinho saír de uma fila de 24 anos e conquistar o Tetra na terra do Tio Sam. Também pude presenciar o sequestro do ônibus 174, um momento dramático e marcante para o país.
Bom, vi o Brasil perder uma Copa em 98 e depois vencer em 2002. Mas antes disso, eu presenciei algo, que duvido, o mais experiente dos contadores de histórias imaginaria presenciar. Um ataque ao país que se considerava até então, intocável. As torres gêmeas atacadas em uma ação que simplesmente desmoronou os americanos. Pessoas perderam parentes, amigos e tudo naquele momento em que os prédios atingidos pelas aeronave desmoronaram.
Deste momento em diante eu tinha a certeza de que teria história para contar, infelizmente. E hoje, presencio mais um fato histórico - a morte do Osama Bin Laden. O mentor dos ataques aos USA, o homem mais procurado do mundo, um lider fanático que não media esforços para enfrentar os Norte-Americanos. Após a sua morte ter sido anunciada, via Obama, muita festa se fez em solo americano. Entendo a festa e compreendo o sentimento de quem teve um ente querido morto no ataque as torres. O que eu não entendo é o porque estas pessoas não pararam para pensar no que fizeram para sofrerem tal ataque e tantas outras tentativas de destruir o país em que vivem.
O que motivou e motiva a Al Quaeda a seguir lutando contra os USA? Onde foi o erro e quem cometeu? Talvez a arrogância americana não deixe que essa análise seja feita friamente, mas deveria! Tenho a certeza que seria muito mais interessante do que sair por ai matando, muitas vezes inocentes, apenas para demonstrar que "com americano não se brinca". E esse fato que eu presencio há anos, sim, esse muito me incomoda e infelizmente não é privilégio meu. Os contadores de histórias que tanto se gabam, nem se quer notam que este fato é histórico e preocupante!
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