Vanessa Riche é Publicitária e Jornalista, esteve a frente do Sportv News durante 5 anos. Atualmente é apresentadora do Tá Na Área - também no SporTV. Ganhou destaque por cobrir com extrema habilidade,ao vivo, no canal Globo News - o sequestro do ônibus 174, no Rio de Janeiro. Com muita simpatia e humildade ela conta como chegou ao jornalismo esportivo, revela o seu time do coração e muito mais!
BP – Como é a vida de uma jornalista mulher no mundo do futebol? E como conquistar a credibilidade que conquistou?
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"A mulher não tem a mesma cultura de futebol que os homens cultivam desde pequenos, por isso a humildade faz diferença."
BP – Vanessa, como uma publicitária chegou ao jornalismo esportivo?
VR - Quando cursava publicidade surgiu um estágio em jornalismo, numa rádio. Assim que entrei no estúdio para fazer um teste, me apaixonei. Pensei: É isso que quero fazer na vida. Fiquei pouco tempo no estágio e logo comecei a trabalhar como locutora, foram 7 anos entre as Rádios Universidade, Cidade e Jovem Pan FM. O caminho natural foi a televisão e para isso eu precisei cursar jornalismo. Assim que me formei comecei a trabalhar na Globo News.
BP – Passou por outras editorias antes de esportes? Conte esta trajetória.
VR - Em 99 comecei a trabalhar como repórter e apresentadora da Globo News, a minha escola de jornalismo. Cobria política, economia, cultura. Destaco o sequestro do ônibus 174, no Jardim Botânico. Adorava cobrir as eleições e o carnaval. Em 2002 pedi para trabalhar com esporte e dois anos depois fui transferida para o Sportv. Fui recebida pelo saudoso mestre Armando Nogueira.
BP – Como é a rotina de uma apresentadora do Sportv News e do Tá na Área?
VR - Apresentei o Sportv News por 5 anos e em 2009 assumi o Tá na Área. Acordo com a tv ligada no Sportv, leio os jornais, os sites, a apuração é o grande segredo do jornalista. A velocidade com que a informação circula, nos faz estar sempre atentos.
BP – O jornalismo esportivo ainda é machista? Já sofreu algum preconceito?
VR - Descobri que o preconceito estava na minha cabeça. Antes de ser transferida para o Sportv, passei 2 anos acompanhando as equipes de esporte da TV Globo e fui muito bem recebida em todos os estádios, nas transmissões. A mulher é mais detalhista, tem uma visão particular do esporte e aos poucos foi ganhando espaço. Nos 5 anos em que fiquei à frente do Sportv News, conquistei um público masculino muito fiel.
BP – Você acredita no sucesso da Copa 2014 e Olimpíadas 2016?
VR - O Pan em 2007 foi um bom teste para o Brasil. Os próximos anos serão de muito trabalho. É uma oportunidade fantástica sediar esses dois grandes eventos. O povo brasileiro é muito receptivo, isso ajuda bastante. Temos que acreditar que vai dar certo.
BP – Qual foi à cobertura que mais lhe marcou e por quê?
VR - O sequestro do Ônibus 174, em 2000. Fiquei 3h30 no ar, falando o que via, não tinha como parar de falar para apurar. A experiência que eu trouxe do rádio, me ajudou muito nessa cobertura. A Globo News transmitiu direto, o Brasil parou para acompanhar o sofrimento daqueles passageiros. A história do Sandro do Nascimento, o homem que sequestrou o ônibus, resume a vida de muitos brasileiros.
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VR - Credibilidade é conquistada todos os dias, é um trabalho longo. A mulher não tem a mesma cultura de futebol que os homens cultivam desde pequenos, por isso a humildade faz diferença.
BP – Qual sua opinião sobre o futebol brasileiro? O que poderia melhorar?
VR - O Brasil é um celeiro de talentos, mas não consegue segurar esses jogadores. Falta estrutura nos clubes, temos sérios problemas de administração.
BP – Não temos mulheres narrando, você narra algumas modalidades. É um caminho que você gostaria de seguir? Porque acha que não há mulheres nesta função?
VR - Para narrar é preciso ter os requisitos para tal. Me refiro a ritmo de narração, voz, cadência, informação para sustentar 2 horas no ar. Tenho feito pouco, mas adoro. É fantástico poder narrar as emoções de um esporte.
BP – Qual a maior dificuldade que encontrou em sua carreira?
VR - Não ter a cultura esportiva que os homens cultivam desde pequenos.
BP – O que precisa melhorar no jornalismo esportivo?
VR - A paixão pelo futebol acaba transformando os jornalistas que trabalham com esporte em comentaristas. Acho que são funções distintas. O repórter deve ser o veículo da informação e não um analista. Nas coletivas observo que as perguntas vem sempre acompanhadas de comentários. Quem tem a função de analisar e interpretar o esporte é o comentarista.
BP – Falando de música. Soube que você gosta muito de samba. O Que você tem escutado mais atualmente?
VR - Cresci ouvindo Cartola, Paulinho da Viola, Noel, os sambas das escolas do Rio. Meu pai é diretor benemérito da Mangueira. No meu carro ouço todos os dias o DVD Gafieira 2, do Zeca Pagodinho.
BP – O povo quer saber:
BP - Solteira, casada, namorando?
VR - Solteira
BP - Qual time do coração?
VR - Vasco
BP - Qual dica você daria para as pessoas que estão iniciando a carreira e o que você diria especificamente as mulheres, sobre a carreira no jornalismo esportivo?
VR - Acreditem nos seus sonhos. Você escolhe o seu caminho, faça acontecer!
5 comentários:
ótima matéria Pipo, Parabéns!!!
Bjs
Thais
Mto bom Pipo!! Boas perguntas, saindo do obvio! Isso ai garoto
Obrigado pessoal! Fico feliz em saber que colegas de profissão também gostaram!
Boa Pipo, mandou bem...mto nteressante.....
Sucesso!!!
Parabens Mintira!!! Sucesso man...
ass: G5
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