A festa de conceitos ingleses, realizada no Brasil há 3 anos, vem em 2008 para sua sétima versão.
A Spirit of London que acontecerá no dia 15/03, às 20h00, tem atraído adeptos de todas as idades. Sua primeira aparição em terras brasileiras foi em uma estação de trem abandonada, assim como as maiores e melhores festas realizadas no Reino Unido, porém seu sucesso foi tamanho que as próximas edições exigiram o abandono do cenário underground para uma mega-estrutura como o Anhembi, capaz de suportar a quantidade de pessoas que compravam ingressos para se deliciarem com as pickups de renomados djs internacionais.
Benny Bennasi, casino e Dj Mau-Mau são ícones da música eletrônica que já passaram pelos palcos da Spirit. E nesse ano, os produtores do evento prometem novidades: diferente das outras edições, em 2008 o evento terá duas novas pistas de dança (Energia Black e Terremoto), que vão abalar os conceitos musicais para aquela noite, serão apresentados os produtores musicais Ives Larock, responsável pelo hit “Rise Up”, Alex Gaudino de “Destination Unknow” e mais de 40 outras atrações nacionais e internacionais ainda não divulgadas. Para quem é amante de pancadas insanas de músicas eletrônicas, bass e distorção, Spirit Of London promete ser a melhor festa do ano.
Spirit of London
Local: Arena Anhembi
Data: 15/03
Horário: 20h00
Ingressos: Podem ser adquiridos nas lojas Tent Beach dos melhores Shoppings de SP e variam de 30 reais para pista à 70 reais o camarote.
O preconceito contra as festas-conceitos
As festas-conceitos são famosas por suas características atípicas: música eletrônica como foco, horas e horas seguidas de batidas rítmicas e intensas e um detalhe peculiar – o alto consumo de drogas sintéticas.
Conhecidas também por raves, as festas-conceitos abrigam um alto número de usuários de ecstasy, LSD e outras drogas muito populares entre os núcleos jovens e emergentes desse estilo de diversão.
A identificação de usuários de ecstasy é imediata. Estão afoitos, ofegantes, com pirulitos na boca para conter a constante tremedeira do maxilar e uma garrafa d’água sempre a mão para repor o líquido perdido durante a queima da suposta energia adquirida do comprimido. Já os usuários de LSD, ou doce popularmente conhecido, parecem sempre estar perdidos, com alucinações e com a sensação distorcidade da realidade. Não reconhecem lugares, amigos, estado físico e emocional.
Toda essa situação pressupõe que qualquer pessoa que freqüente um lugar como esse seja adepta da mesma filosofia e ai que está inserido o preconceito.
“Eu sempre vou a festinhas e nunca uso nada. Gosto de música eletrônica e não preciso usar drogas pra me sentir bem. Vejo garotas jogadas no chão, um amigo disse ter sido roubado por uma bruxa. Deus me livre!”, disse Tatiana Valente, 20.
O fato é que já foram relatados casos de vítimas por overdose dessas drogas. Segundo relato de pais das vítimas, seus filhos sempre foram decentes e nunca deram indícios de uma tendência narcótica. A dúvida está no motivo em que os jovens estão a usar esse “aditivo” para se divertir.
“É uma viagem muito louca. Você parece flutuar ou ganhar vigor, ímpeto, dependendo de qual você usa. Já cheguei a ingerir 3 balas (ecstasy) e tomar ¼ de doce (LSD). Foi a melhor viagem da minha vida”, afirma o homem que se identifica como Beto, 26. Quando questionado sobre os males, diz “ter medo de um dia acontecer algo, uma overdose”, mas em nenhum momento diz que vai parar de utilizar.
Segundo dados do DENARC, desde a popularização desse tipo de evento, o número referente ao consumo e tráfico de entorpecentes aumentou, confirmando a preocupação de pais e familiares que ficam na dúvida de deixar ou não seus filhos curtirem essas festas.
A questão é que no momento, não sabemos dizer qual ditado é cabível a essa situação: “Diga-me com quem andas” ou “não julgue um livro pela capa” e as iniciativas para reduzir o consumo desses narcóticos são intensas.
Resta conscientizar aqueles que freqüentam a não se envolverem com esse tipo de viagem, pois como já diz o jargão, ela não tem volta!
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